Os meus olhos agora mais atentos, seguem à analisar cada porta no estreito e agora aparentemente extenso corredor, tentando como as tantas outras vezes encontrar a de melhor opção, a de maior meio-termo em relação ao egoísmo e o altruísmo, a de talvez menos arrependimento proporcionado para mim mais adiante, no tão desconhecido do futuro previsível que me aguarda.
Entre tantas portas numeradas e variadas pela diferença do exterior de cada, aleatóriamente considero a opção de tal porta, pouco/nada me importando com o número, estou prestes a bater as três vezes suficientes em sua superfície de madeira sólida e áspera, quando previsivelmente me convenho no tão familiar pensamento, "é apenas uma entre as tantas portas que eu tenho a oportunidade de escolher". Logo assim, sigo a caminhar no tão extenso e estreito corredor com passos cautelosos, novamente sem a mínima noção de preferência do que devo ou não escolher.
O tempo passa, e a mesma cena é repetida inúmeras vezes quase equivalendo os tantos passos realizados por mim em direção ao desconhecido do fim do tão extenso corredor, aparentando um horizonte infinito, sempre com tantas portas à volta e a mesma linha reta em direção de tal. Como o esperado, a ansiedade logo me ataca vulnerável, encontrando abrigo em mim e acomodando-se cada vez mais a cada segundo que passa, atraindo também o tão temido medo de na incerteza apenas encontrar o vazio, e nada mais que ele só.
É das mesmas usufruído o infinito dos meus passos nos dias de hoje, que ainda sem contar ou memorizar cada porta não-escolhida atenciosamente, ainda resta um pouco da tão grande esperança de que talvez um dia possa encontrar uma janela aberta no final do tão extenso corredor.
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