domingo, 27 de março de 2011

Homenagem ao melhor.


O tempo voou, voou tão rápido que nem sei o quão, tão rápido que nem ao menos tive a chance de presenciar. Se tive, posso jurar não me lembrar, não me lembrar das coisas magníficas que aconteceram aqui, as coisas ditas magníficas pelas pessoas que conseguem recordar, tudo aquilo que eu não posso, tudo aquilo que eu não vi, tudo aquilo que eu não tive a chance, a tão desejada chance de poder ter presenciado tal importante presença, aquela vibrante presença, aquela que eu não sei, aquela sua presença.
 As recordações imploram para vir, para existir, ao simplesmente ouvir a sua tão bela voz, recitando as mais belas palavras, palavras tão bem escolhidas por você; ao compreender a sua visão das coisas, por mais banais que poucas possam ser; ao perceber que a sua vontade nada mais era que expressar as suas tão fascinantes opiniões, que desde sempre abriram os olhos de tantos como eu; ao também conseguir sentir, o que você mesmo se diz sentir, em tantas das suas palavras registradas em harmonia, que até hoje ecoam na mente de milhões, muitos com a mesma vontade, aquela de obter lembranças suas, mas não poder pela simples lógica do tão por mim odiado tempo, aquela que nem a maior de todas as vontades pode contrariá-la; nem pela minha vontade, aquela minha vontade de fazer o tão dito e feito impossível, e enfim, ao menos uma vez poder adormecer com tranqüilidade, sabendo que você sempre vai estar aqui, em algum lugar, nas minhas lembranças.
 Hoje faria 51 anos o maior poeta, cantor, e compositor que o Brasil já viu, Renato Russo. E é a ele dedicada esta homenagem em texto, com o objetivo de lembrar o quão boa e importante foi a sua passagem por aqui, mesmo que muitos de nós não tenhamos presenciado-a.

Parabéns Renato, pelo seu aniversário, e pela marca que você deixou em nossos corações. 

Que descanse em paz.

terça-feira, 15 de março de 2011

A incerteza.

 A expectativa torna-se evidentemente imensa ao perceber que novamente obtenho a chance de escolher a que caminho percorrer, e finalmente decidir-me qual de tantas destas portas amontoadas, neste tão estreito corredor, será a escolhida para selar um novo percurso nos meus passos tão desorientados, que sem a ajuda dos meus olhos aparentemente iludidos pela tão traiçoeira beleza do pior, não tiraram bom-proveito das minhas ultimas oportunidades obtidas do mesmo.
 Os meus olhos agora mais atentos, seguem à analisar cada porta no estreito e agora aparentemente extenso corredor, tentando como as tantas outras vezes encontrar a de melhor opção, a de maior meio-termo em relação ao egoísmo e o altruísmo, a de talvez menos arrependimento proporcionado para mim mais adiante, no tão desconhecido do futuro previsível que me aguarda.
 Entre tantas portas numeradas e variadas pela diferença do exterior de cada, aleatóriamente considero a opção de tal porta, pouco/nada me importando com o número, estou prestes a bater as três vezes suficientes em sua superfície de madeira sólida e áspera, quando previsivelmente me convenho no tão familiar pensamento, "é apenas uma entre as tantas portas que eu tenho a oportunidade de escolher". Logo assim, sigo a caminhar no tão extenso e estreito corredor com passos cautelosos, novamente sem a mínima noção de preferência do que devo ou não escolher.
 O tempo passa, e a mesma cena é repetida inúmeras vezes quase equivalendo os tantos passos realizados por mim em direção ao desconhecido do fim do tão extenso corredor, aparentando um horizonte infinito, sempre com tantas portas à volta e a mesma linha reta em direção de tal. Como o esperado, a ansiedade logo me ataca vulnerável, encontrando abrigo em mim e acomodando-se cada vez mais a cada segundo que passa, atraindo também o tão temido medo de na incerteza apenas encontrar o vazio, e nada mais que ele só.
 É das mesmas usufruído o infinito dos meus passos nos dias de hoje, que ainda sem contar ou memorizar cada porta não-escolhida atenciosamente, ainda resta um pouco da tão grande esperança de que talvez um dia possa encontrar uma janela aberta no final do tão extenso corredor.

terça-feira, 1 de março de 2011

Visão de idiota(s).

 Tente convercer-me que desistir é sempre mais fácil que tentar. Tente passar por cima e usufruir do impossível, que aparentemente para vocês, espectadores, chamá-lo de possível parece ser uma escolha mais plausível. Tente não engolir as tantas ásperas palavras proferidas com ríspidez de um outro alguém, sendo ele nunca apenas um "alguém". Tente não engolir as tantas ásperas palavras miradas de sua própria boca para fora, simplesmente para não ter de opinar a desistir, sendo ela a melhor ou pior escolha a ser feita. Tente pela mesma causa negar algo ao "alguém". Tente a curto prazo esquecer o que lá aconteceu. Tente a curto prazo esquecer o lá não aconteceu. Tente afastar-se; ao fracassar, tente outra vez. Tente cursar um caminho diferente de tal. Tente não rejeitar as palavras mais sensatas, que ao inverso são para você na situação atual. Tente rejeitar as belas e insensatas palavras que o seu alguém ensaiou com malícia e terceira intenção. Tente não citar tal nome; se conseguir, tente citar um nome diferente.
Assim como eu, tente não tentar, e da mesma forma chegar a mesma conclusão de todos ao simplesmente observar o ridiculo da situação. Agora tente não me achar um idiota.